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Saúde

OMS aprova acordo global para prevenir futuras pandemias

O tratado é juridicamente vinculante e recebeu apoio de 124 países e contou com 11 abstenções.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (20), em Genebra, na Suíça, um acordo internacional voltado à preparação e resposta coordenada a futuras pandemias. A decisão foi tomada durante a Assembleia Mundial da Saúde, após três anos de intensas negociações. O tratado é juridicamente vinculante e recebeu apoio de 124 países, com 11 abstenções e nenhum voto contrário.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, celebrou a aprovação. “Este acordo é uma vitória para a saúde pública, a ciência e a ação multilateral. Coletivamente, ele nos permitirá proteger melhor o mundo contra futuras ameaças pandêmicas”, afirmou em comunicado oficial.

Foto: Reprodução/XTedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Acordo enfrentou resistência

Apesar da ampla adesão, a proposta enfrentou críticas de setores que alegam ameaça à soberania nacional. A Eslováquia, por exemplo, solicitou votação formal após exigência de seu primeiro-ministro, Robert Fico. Outros países, como Polônia, Israel, Itália, Rússia e Irã optaram pela abstenção. Os Estados Unidos, que anunciaram sua saída da OMS ainda durante o Governo Trump, não participaram da votação.

Mais o e equidade

Um dos principais objetivos do tratado é corrigir as falhas evidenciadas durante a pandemia de covid-19, especialmente a desigualdade no o a vacinas, medicamentos e equipamentos médicos. Países em desenvolvimento enfrentaram escassez de insumos enquanto nações ricas acumulavam estoques.

O núcleo do acordo é o sistema de "o a patógenos e compartilhamento de benefícios", que obriga empresas farmacêuticas a disponibilizar à OMS 20% da produção de vacinas, medicamentos e testes durante pandemias — sendo 10% de forma gratuita e 10% a preços íveis. Os detalhes desse mecanismo ainda serão definidos até 2027.

Além disso, o tratado estabelece protocolos de detecção precoce de ameaças biológicas, reforça a vigilância sanitária e determina a troca obrigatória de informações entre países. A expectativa da OMS é que a cooperação internacional permita respostas mais rápidas, coordenadas e eficazes diante de futuras emergências de saúde global.

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