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Senador desafia Governo Lula e alerta para uso eleitoral do Orçamento

Efraim Filho afirmou que desconfia que manobras sejam utilizadas da União para ampliar programas sociais.

O presidente da Comissão Mista de Orçamento, senador Efraim Filho (União-PB), afirmou que não permitirá qualquer tentativa do Governo Lula de inflar os gastos públicos em 2026.

Segundo o parlamentar, há sinais de que o Palácio do Planalto pode utilizar o Orçamento da União para expandir programas sociais com viés eleitoreiro, no ano em que o presidente Lula pretende disputar a reeleição. Efraim citou, como exemplo, o Vale Gás e o programa Pé-de-Meia, apontando que essas iniciativas poderiam ser “turbinadas” com finalidades políticas. De acordo com ele, a comissão manterá vigilância constante sobre qualquer tentativa de desvio orçamentário com fins eleitorais.

Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoSenador Efraim Filho (União Brasil)
Senador Efraim Filho (União Brasil)

As declarações ocorrem após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar na quarta-feira (28) que o governo não trabalha com a hipótese de revogar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na semana anterior. A declaração foi feita após uma reunião em Brasília com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Haddad explicou que o encontro teve como objetivo apresentar os impactos do decreto sobre o equilíbrio fiscal do país, ressaltando que a revogação do aumento do IOF poderia comprometer o funcionamento básico da máquina pública.

A equipe econômica está analisando propostas e pretende retomá-las em negociações previstas para a segunda semana de junho, com os presidentes das duas Casas Legislativas. A intenção, segundo Haddad, é formular soluções que entrem em vigor apenas a partir de 2026, respeitando princípios legais como a noventena e o princípio da anualidade.

Ministro antecipa férias

O ministro Fernando Haddad decidiu antecipar suas férias, que agora ocorrerão entre os dias 16 e 22 de junho. Inicialmente, o período de folga estava previsto de 11 a 22 de julho.

A mudança ocorre em meio a um momento de forte pressão política, durante discussões sobre novas medidas de ajuste fiscal e após o desgaste gerado pelo anúncio do aumento do IOF.

A decisão foi formalizada por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União, nesta quinta-feira (5). Com a alteração, Haddad busca ganhar tempo para atuar nos bastidores do Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, previsto para começar em 18 de julho.

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